Conab Lança Pacote de R$ 300 Milhões para Apoiar Arroz e Garantir Renda aos Produtores
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou um novo e robusto pacote de medidas no valor de R$ 300 milhões, voltado para o apoio aos produtores de arroz, especialmente no Rio Grande do Sul, o principal estado produtor do país. O objetivo central é claro: sustentar os preços de mercado, garantir uma renda justa aos agricultores e incentivar a continuidade do cultivo diante das pressões de preço.
O anúncio foi detalhado pelo presidente da estatal, Edegar Pretto, em coletiva de imprensa, onde esteve acompanhado por importantes representantes do setor, incluindo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). Essa união de esforços sublinha a importância estratégica da cultura para a economia nacional e a urgência em estabilizar o mercado.
O Desafio dos Preços e a PGPM
A iniciativa faz parte da estratégica Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), um instrumento essencial do governo federal para proteger o produtor rural das oscilações de mercado. A necessidade de intervenção é evidente. Atualmente, no Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos de arroz está sendo negociada a cerca de R$ 58, um valor que se encontra significativamente abaixo do preço mínimo fixado pelo governo, de R$ 63,64.
A diferença entre o preço de mercado e o mínimo ameaça a rentabilidade e o planejamento da próxima safra. Conforme a Conab, a retração dos preços já projeta uma redução de 3,1% na área plantada e de 10,5% na produção para a safra 2025/2026, com estimativas de 938,1 mil hectares e 7,8 milhões de toneladas, respectivamente.
“A Conab também se preocupa em incentivar o produtor a seguir plantando arroz. E é isso que estamos fazendo aqui, porque o agricultor, antes de colocar a semente na terra, faz as contas. Se não valer a pena plantar arroz, ele muda para outra cultura. É isso que queremos evitar com essas medidas.”
Os Três Pilares da Operação: PEP, Pepro e AGF
A nova etapa de apoio se concentra na utilização de três instrumentos econômicos distintos, que, em conjunto, visam movimentar até 630 mil toneladas de arroz da safra 2024/2025 e atenuar a pressão do excedente.
- Prêmio para Escoamento de Produto (PEP): Subvenção concedida a indústrias e comerciantes para comprarem o arroz pelo preço mínimo e escoarem o produto para fora da Região Sul.
- Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro): Pagamento feito diretamente ao produtor que comprovar a venda e o escoamento do arroz, garantindo que o valor final atinja o preço mínimo oficial.
- Aquisições do Governo Federal (AGF): Compra direta de até 130 mil toneladas de arroz pela Conab para a formação de estoques públicos estratégicos, com um investimento de R$ 200 milhões.
As operações conjuntas de PEP e Pepro têm a previsão de movimentar cerca de 500 mil toneladas, com um aporte de recursos estimado em R$ 100 milhões. Os leilões para o início destas subvenções estão previstos para começar em até 15 dias após o anúncio.
Um Apoio Recorrente e Estratégico
Este pacote de R$ 300 milhões não é uma ação isolada. As medidas integram um conjunto de iniciativas do governo federal que, nos últimos 12 meses, já mobilizou recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão para apoiar a cadeia produtiva do arroz. Iniciativas anteriores, como as rodadas de Contrato de Opção de Venda (COV), sinalizaram preços em patamares mais altos e garantiram a negociação de centenas de milhares de toneladas, servindo como um "seguro" para o setor diante da grande oferta.
O anúncio do pacote de R$ 300 milhões reforça o compromisso do governo em proteger a renda dos produtores rurais e garantir a segurança alimentar do país, assegurando que o arroz, um alimento fundamental na mesa do brasileiro e um símbolo da produção gaúcha, continue a ser cultivado com rentabilidade e estabilidade.
Fontes da Informação:
*As informações e projeções são baseadas em dados da Conab e veículos de imprensa, conforme as fontes citadas acima.
*As informações e projeções são baseadas em dados da Conab e veículos de imprensa, conforme as fontes citadas acima.
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